quinta-feira, 15 de setembro de 2011

sala de maternagem e tietagem de tia

Dia desses resolvi pegar minha sobrinha Lavínia para passear e festejarmos, apenas nós duas o seu aniversário. Esses dias eu considero o dia do kit surpresa, com direito a almoço, cineminha, pipoca, depois escolher um presente que agrade, mas que favoreça a aprendizagem, depois um lanchinho feliz e a noite jantar na vovó! (acho um previlégio poder fazer isso, meus sobrinhos são incríveis!) Assim aproveito e exerço a maternagem, algo que todo mundo pode experimentar caso, como eu não tenha filhos. Ter atenção, responsabilidade e mimar um pouco...rs

Ela topou a idéia e lá fomos. Ao chegarmos no shopping o filme mais apropriado e escolhido por ela era o dos Smurfs, aqueles simpáticos bonequinhos azuis que teimam em fugir do feiticeiro malvado Gargamel e sempre saem ganhando. A boa e velha história entre o poder sombra e a luz. Uma graça, bem feitinho, otima trilha, o Frank Azaria detona como o Gargamel, demorei para reconhecê-lo (outro filme com ele é a gaiola das loucas onde ele fazia um empregado da casa engraçadíssimo), mas um filme que agrada até aos bebês.

Explico: ao chegarmos à bilheteria para comprarmos nossos ingressos, a atentendente, solícita (coisa rara em alguns locais) nos explica que a sessão era uma "Sessão Materna", que favorece aos pais que tem filhos e também bebês, onde a iluminação fica ajustada à meia luz, o som mais baixo, à frente da tela no canto esquerdo um trocador, e um parking car para todos os carrinhos  de bebê, algo como na Disney e onde papais (sim, haviam muitos pais na sessão) e mamães podem dar de mamar, ninar e caminhar durante todo o filme.  

Enfim, achei que seria uma ótima experiência compartilhar isso com minha sobrinha que agora completou 5 anos e observá-la. Sentamos mais ao fundo e ficamos observando, pois antes de entrarem, o pessoal do cinema registrou cada mãe e bebê que entrou via fotografia, que iria para um site, creio que para divulgação. Bom todos à postos, o cinema com uma lotação que me surpreendeu, aproximadamente uns quarenta bebês, ali, iniciando suas vidas de cinéfilos, bem prematuramente! Mas algo mágico ocorreu.
Entre chorinhos e pequenos berreiros, assim que o filme iniciou, mesmo com um certo frisson no ar, a maioria dos bebês ficou conectado à tela! ao nosso lado um bem pequenino, fixou seus olhinhos curiosos e ao que minha sobrinha disse: "mas não é uma gracinha?" (pensei na Hebe Camargo!) mas realmente, uma gracinha! Cheio de entusiasmo e luz, aquele serzinho para espanto inclusive de sua mãe, conectou-se à grande tela, durante um período razoável, vimos e ouvimos a calmaria que se instalou no cine.

A sala parecia ter um botão de volume coletivo, um chorava o outro respondia com choro, mas tudo leve, sereno.

Na segunda metade do filme, sinto que algo tocou minhas pernas e passou por baixo no corredor onde estava sentada, imaginei um gato, mesmo porque o Cruel, o gato do Gargamel estava aprontando mais uma de suas malvadezas, mas na sequencia, descobri e passa uma mãe: "licença, licença... ai meu Deus, ninguém segura esse bebê!" eu e a Lavínia caímos na risada e vimos para nosso espanto que o garotinho que saiu por baixo ja estava descendo como louco em direção à tela... empolgado queria o gato pra ele...rs!

Foi uma experiência estimulante, mas confesso que prefiro as salas mais silenciosas, mas em dia de kit surpresa, é assim que acontece!





De algum lugar, para deleite e memória, Elaine