Da varinha as palavras…
De crianca me detinha muito tempo com areia, quando ia a praia. Adorava escrever palavras e desenhar na orla do mar com uma varinha e esperar que o mar levasse a cada uma delas para viajar.
Aquí, hoje não tenho mar, nem areia! Substituo a necessidade das palavras na areia pelo incessante movimento de digitar, escrevendo pensamentos, sentimentos e quem sabe algumas reflexões. Gosto de contar ao papel o que tenho visto, enxergado. Aqui na tela, no computador, sinto que escrever me une à todos os lugares do mundo, como o mar, a areia e o vento.
Ao mar que levou minha palavras, sinto que me as tem devolvido através da chuva. Sensata a natureza, assim como a vida, devolve o que lhe ofertamos.
Há muitas letras aquí, muitas imagens também…mas as palavras essas que saem por meus dedos, são oferendas de criança ao mundo que nos cerca.
De algum lugar no mundo, para mim mesma, para relembrar da beleza infantil que carregamos em nós!
Elaine